Não é apenas a união de corpos, não são somente
dois seres distintos que convivem debaixo do mesmo teto, isso não é vida a dois
e sim divisão de teto. Difícil existir compreensão mutua hoje em dia, nesse
mundo cercado de ambição, ganância e aparências. Mas não é impossível encontrar
no outro um abrigo, um companheiro, um amigo. O que faz o amor da certo, não é
o tipo nem a intensidade, e sim a maneira com que lhe damos com esse amor. Amor
não sufoca, liberta-nos; Amor não se compra, se constrói; Amor não se suplica,
é doado sem esperar nada em troca; Amor não é aceitação, é compreensão; Amor
não é desconfiança, é fazer-se confiar; Amor é um laço, se aperta não é amor,
não é laço! Virou nó!!!
Viver a dois é bem mais que convivência diária, é existência
mutua, não é apodera-se do outro como seu objeto e sim fazer-se do outro alguém
que nos acrescenta a vida, é estar ao lado de corpo, alma e pensamento, é o
conjunto de uma sinfonia dos sentimentos, na qual nenhum poderá se sobre por ao
outro, caso aconteça já não é mais uma relação afetiva prazerosa e sim uma
relação de submissão, não é ser melhor que o outro é unir-se a o outro com o
objetivo de evoluir para melhor, é ser amigo antes de qualquer outro laço
afetivo, é construir ponte para o amor e não obrigar que o outro nos ame,
aturar não é gostar, gratidão não é amor, comodismo não é compreensão.
Viver com alguém diferente de nós, com costumes,
manias e trejeitos distintos é um desafio na qual todo ser humano é capaz de
supera-lo. Porém para isso basta muito mais do que aceitar o outro do jeito que
ele é e sim compreender a sua vida e sua personalidade, é querer dá certo antes
mesmo de tentar, o otimismo é mais uma das artimanhas que devemos usar para
alcançar a evolução pessoal. Viver a dois é bem mais que viver debaixo do mesmo
teto!
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