Logo eu tão falante emudeço a voz e espero o
coração falar, na verdade, ele grita, dói, machuca, mas pobre coitado já tá tão
calejado que nem se quer se importa com a dor, é mentira, ele se importa sim,
mas a dor não importa de machuca-lo, de fininho ele vai amolecendo, perdendo a carapaça,
fica vulnerável aos sentimentos alheios, pobre coração tão abatido que nem
mesmo o sorriso no rosto o da um suspiro de alívio, miserável coração bobo,
babaca, panaca, Mané, tolo, que acredita em verdades, dá um voto de confiança a
humanidade, triste coração que não bate, mas apanha da vida, é a vida é um
tanto cruel, mas não é a vida, são os que acreditam que vivem.
A vida é ótima, mas é sacrifício, viver é bem mais
que respirar, é sentir na pele toda e qualquer emoção e sentimento, isso é o
que acredita esse medíocre coração panaca, meio incrédulo dos bons sentimentos,
mas não desiste de tentar, marcado pela dor infeliz coração vai rastejando de
fininho, mas não se dá por vencido, ele tem um aliado, a força de vontade, essa
lhe mantêm vivo, esperançoso em dias em que sofrimento seja apenas uma página
virada de um livro recém-escrito e inacabado.
Paupérrimo coração, rico em virtudes, mas
amargurado pelas pancadas que já levou, forte o bastante para se manter firme e
fraco demais para se manter fingindo, triste coração que acredita na ilusão de
um sentimento puro, que chora por outro coração que tão pouco o dá importância,
talvez ele não goste de meios termos e de partes com meias verdades, por isso é
maltratado. Mas ainda sim continua na sua batalha, que venha mais pancadas, mais
mágoas, mais tropeços, mais feridas, mais friezas, mais ilusões, mais dores,
mas jamais deixará de tentar acreditar em outros amores.
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