Aos que não
casaram,
Aos que vão
casar,
Aos que
acabaram de casar,
Aos que
pensam em se separar,
Aos que
acabaram de se separar.
Aos que
pensam em voltar...
Não existem
vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de
ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É
ÚNICO,
como
qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.
A diferença
é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser
ininterrupta...
Por não
haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos
fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que
poderia
SER ETERNA
Casaram. Te
amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento
exige mais do que declarações românticas.
Entre duas
pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que
amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja,
antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões
zero.
Disposição
para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode
haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar
regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para
enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber
levar.
Amar só é
pouco.
Tem que
haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões
pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter
disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter
um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais
que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de
silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que
haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta
que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente,
fusão.
E que amar
"solamente", não basta.
Entre casais
que acham que
O AMOR É SÓ
POESIA,
tem que
haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode
ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O amor é
grande, mas não são dois.
Tem que
saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso
convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da
onipotência.
O amor até
pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
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