terça-feira, 10 de junho de 2014

Fluxo da Vida


Atire a primeira pedra quem nunca sofreu com variações de ânimo  e humor. Pois é… altos e baixos são comuns e afetam quase todas as pessoas. A boa notícia é que dá pra atingir um meio-termo, uma situação gostosa e confortável. Essa conquista depende somente de você. O que nos leva aos baixos são os nossos próprios pensamentos, você sabia? Se eles são levados a sério, se materializam em atitudes e crenças, e causam sensações desagradáveis. Em outras palavras: as variações de humor têm a ver com a maneira como vemos a vida.
Pense, por exemplo, na atitude que você nutre em relação a si mesmo. O que mais deprime você é a auto condenação. Você ignora suas vontades e sentimentos, e abre mão da própria natureza para seguir um modelo que a sociedade estabeleceu. Assim, você se sabota e se torna uma pessoa infeliz.
Não, não e não! É hora de ir contra tudo isso. De uma vez por todas, fique do seu lado. O importante é o que você sente, e não o “certo” que o sistema insiste em nos impor. Comece — agora — a dizer a si mesma como você é bom. Observe suas conquistas e reconheça que você merece parabéns. Cultive a auto aceitação. Jogue fora aquele eterno “eu deveria” e tenha a certeza de que não há nada de errado em você. Só de fazer isso você irá se levantar na hora. São impressionantes como esses atos nos livram dos pensamentos negativos.
Já os momentos de ânimo devem ser vistos com cuidado — alguns deles costumam ser falsos. Pode reparar: eles vêm logo depois dos baixos, em forma de euforia. Por exemplo: aquela pessoa que usa o cartão de crédito loucamente, achando que irá resolver todas as mágoas. Depois ela se arrepende, é claro. E o pior: fica novamente deprimida. O que eu quero que você entenda, é que precisamos adotar uma posição central, sempre! Como conseguir isso? Tente não querer ser mais. Assuma seus erros com leveza. Ria de si. Seja seu grande amigo. Diga em alto e bom som: “Não quero ser a mais perfeito,o bacaninha. Quero ficar numa boa comigo. Não vou mais carregar o mundo. Livro-me do que os outros esperam de mim. Tiro o papel de maravilhoso, de super-herói . Jogo fora! Vou ficando num ponto tranqüilo dentro de mim — calmo, lúcido… Agora, observo tudo com moderação, com cuidado. Olho bem as coisas para ver como elas realmente são. Depois dessa análise é que tomo uma atitude”.
E então, encontrou a chave do equilíbrio? É isso: preocupe-se apenas com a sua sensação. Se você adotar o “me encontrei, me senti”, alcançará a harmonia que tanto busca. Purifique-se! Isso significa estar consciente, calmo e com boa-vontade em relação a você e a tudo que faz bem à sua alma. Livre-se da vontade de ficar mal.
É preciso enxergar bem os prejuízos para ter a certeza de que algo é ruim. Assim também ocorre com o que causa bem-estar e nos traz benefícios. Tudo pode ser importante: depende do momento. Nenhum comportamento é inteiramente mal ou bom. O importante é saber diferenciar, ter moderação. Coloque-se em paz com o universo e com a vida. Queira bem a si mesma em todas as situações e entenda que cada situação tem a própria hora de acontecer. Respeitar o fluxo da vida é a única maneira de alcançar o equilíbrio.

Luiz Gasparetto

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