É inevitável descrever de saudades e não sentir
aquele aperto no peito e o nó na garganta, descrever saudade é quase que impossível,
mas mesmo assim, já me atrevi várias vezes em tentar descrevê-la, saudade de
sente, se consome mas não some, saudade não encontra substituto, não é
compreendida, tão pouco entendida, apenas sentida.
Saudade consiste em partir e ainda sim permanecer,
é chorar sem lágrimas, desmoronar-se por dentro e estender a mão para os que
estão de fora, é ir embora com a intenção de não voltar e ainda sim não sair do
lugar, saudade é a vontade de ir pela razão e de ficar pelo coração. Saudade
não tem idade, não tem tempo, ela é mascarada pelo medo de arriscar e perder, é
perder sem arriscar. Senti-la dói, mas não deixa feridas aparentes, mas não há
machucado maior e pior que aquele sentido pela alma. É prima do amor e irmã do
medo, explicando: só sentimos saudade daqueles que amamos, mas por medo de
perdê-los deixamos partir, perdemos seu físico, mas não a presença. Mesmo na
ida você quis ficar e temendo a volta você se foi. Mas que tantas idas e
vindas??? Elas só te dão ainda mais a certeza que indo você deixará saudades e
a levará consigo, vindo você matará pela presença, mas temerá até o
concreto por insegurança própria.
Você pode não ter encontrado a solução e a
definição de saudades, eu também não estou apta a descrevê-la com tamanha
certeza, mas posso a denomina-la com teu nome para ser mais fácil sua
pronuncia.
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