segunda-feira, 22 de setembro de 2014

PORTAS ENTREABERTAS E MUITAS DÚVIDAS...




Será convite? Se assim for haverão dois braços abertos na expectativa de se esmagarem num abraço, uma boca ardente de beijos, um corpo para se afogar em carícias, milhares de palavras que em silêncio falarão mais do que mil páginas dum livro… e um tempo eterno que mesmo depois de gasto perfumará com ternura a memória dum momento vivido em labaredas dum vulcão.
Será esquecimento? Se for essa a causa encontrarei outro corpo no lugar do meu, um abraço onde meus dois braços não cabem, uma boca já saciada de paixão, palavras soltas tentando justificar o que é evidente… e um tempo escasso que perdurará eternamente com sabor amargo da mentira mergulhada num lago gelado pela traição.
Não resisti… entrei e… deparei-me com quatro paredes vazias… um espaço oco… inócuo… despido… nu… sem imagens… sem palavras… sem memórias… sem tempo… sem corpos, desejos ou mentiras… um espaço desabitado… sem reflexo… sem luz… sem sol… e uma única frase repisando nos meus ouvidos: para quê as palavras se a casa está deserta?

Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez, pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita INCERTEZAS!!!



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