Sei lá foi assim que acordei!

Hoje está um dia tão sei lá, uma noite tão banal, tão sem porquês, as vezes me sinto cheia de tudo que me cerca, principalmente do cotidiano, é acho que não sou muito amiga da monotonia, na verdade sou inimiga do inconformismo, aquela velha frase: ah tudo passa e quem espera sempre alcança!! Será mesmo que tudo passa? E que esperar é a melhor saída para alcançar o que se quer? Eu em meu pouco entendimento vejo isso como mais uma maneira de justificar a falta de ação e de reação. Aceitação de tudo me dá nos nervos. Ainda sou daquelas que dizem e desafiam até o próprio eu para buscar certezas que nem sempre são possíveis!

Na integra eu sou desafiadora até no olhar, como descrever meus próprios olhos  se em algumas vezes ele conseguiu me cegar e em outras me guiar até na escuridão mais profunda, mas ainda não temo ser iludida pelas imagens que por eles são desenhadas, a maior virtude do ser é não temer o que se tem para se descobrir, pois o enigma da vida está composto de começos e recomeços. E assim se passam os dias e as noites, o dia inicia com a luz irradiante do sol que vai perdendo forças ao entardecer e a escuridão da noite toma conta do pedaço, com uma leve luminosidade da nossa bela lua apaixonada. Ahhhh o que seria de nós, os apaixonados sem a cortesia de contemplar a lua gratuitamente???? Tudo isso faz parte de um ciclo de começos e recomeços, e porque não nos habituarmos com esse ciclo natural e começar a por em prática bem como os dias e as noites seguem?

 O medo nos trava, as voz embargada, as pernas fixas e o olhar teme o novo, o calafrio do inacabado nos proporciona um misto de sensações, que só serão sentidas se deixarem-nos levar pela sua jovialidade. Não temas o jovem que está aprendendo e desabrochando para vida, esse tem garra, tem força, tem a esperança e o otimismo de um navegador em mares abertos, temas sim o velho nem um pouco flexível, que o tempo o encaliçou de pessimismos e desesperanças, aprenda com o jovem tripulante voraz e totalmente moldável. Não se iluda com o que os seus olhos veem, eles podem ser uma caixa mágica que nem sempre representa fielmente o que se ver, mas acredite cegamente no que teu coração de diz em cada pulsar aí dentro do peito.