No mundo do quase nada acontece, paramos
no quase, é como se a vida fosse pintada apenas no preto e branco, quase tem
cor, mas na verdade só existe uma: a quase cor. Mas que cor é essa? Nunca se
sabe ao certo porque tudo é na incerteza, tudo é na base do quase.
E assim vai vivendo esses seres que são
quase humanos, quase objetos. Mas porque não há definição para eles? Essa
resposta é simples, quase humanos, porque sentem, respiram, pensam, choram,
alegram-se e quase amam. E quase objetos porque estão à venda por quase nada,
quase tentam ser feliz, quase tem coragem, quase, mas para no quase. Faltam-lhe
o estimulo do mais que respirar, é como um bolo sem cobertura há quem aprecia,
mas fica sempre faltando àquela emoção de lamber os dedos ao fim de saborear
uma fatia.
No mundo do quase tudo fica no talvez,
talvez um dia isso aconteça, talvez eu tome uma dose daquele veneno chamado
coragem, mas na real é veneno ou remédio? Nunca irás saber se não provar, sai
desse quase, desse mundo de faz de conta que esta tudo bem, vem para realidade,
nua e crua mesmo que doa, mesmo que não seja aquilo que esperavas, sai do
quase, vem para o mundo onde tudo acontece, que você sente, que você vive, que você
respira, que você ama, que você não é um quase ser humano ou um quase objeto, é um ser que é
visto com todos os seus defeitos e qualidades, não eis quase perfeito, eis
perfeito até nos defeitos, pois não existe quase defeitos ou quase qualidades
ou é ou não é. Como diz um provérbio chinês, meias verdades é uma mentira
inteira. Sai do quase, vem pra o mundo dos mortais onde não ficas só na vontade
de viver e sim vives com vontade!
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