Amar alguém
profundamente requer muita coragem. A coragem de amar e de partilhar momentos é
a coragem de se desnudar não só física, mas emocionalmente.
Quando duas
pessoas estão nuas, pele contra pele, vivenciam uma intimidade e uma
vulnerabilidade únicas. Quando os dois têm coragem de se desnudar
emocionalmente, tocando a alma um do outro, tiram as roupas, despem-se juntos
em todos os sentidos.
Não há maior
equívoco do que imaginar que o amor é uma força exterior que se abate
magicamente sobre nós e nos enche de paixão e ardor.
No início,
quando a gente se apaixona, tem de fato essa impressão. O coração se abre
repentinamente para alguém que derrama nele toda espécie de emoções deliciosas…
Por um tempo, o relacionamento se alimenta desse “barato” inicial.
Com o tempo,
porém, o amor perde essa força e você fica esperando que a pessoa amada faça
alguma coisa para que os dois se unam mais e mais. Esperar que ele a preencha
com muito amor é um erro. Você precisa aprender a se apaixonar por ele uma vez
após a outra, sem cessar.
O amor
sempre começa com você. É uma escolha que faz, a cada momento, de olhar para
aquilo que é digno de amor nele. Quando fica esperando que ele diga algo para
reacender a chama do amor, está apenas preparando o terreno para
desapontamentos. Não cabe a ele ser digno de carinho. Cabe a você ser carinhosa
com ele – conhecer seus desejos e tentar satisfazê-los, dar-lhe atenção, afeto
e admiração e deixar que ele perceba, por meio de atitudes, de consideração e
de palavras, que o valoriza.
Esse tipo de
desapego exige muitos momentos de “nudez”, nos quais você deixa seu ego para
trás e se move em direção ao universo, à mente e ao coração de seu homem. Você
o sente por inteiro, de dentro para fora, e pergunta a si mesma de que ele
precisa. Chamo essa prática de opção pelo amor. Como qualquer outra coisa, o
amor precisa de equilíbrio. Você tem de preencher suas necessidades e certificar-se
de que uma paixão nunca vai comprometer sua integridade.
Quando os
dois param de esperar pela iniciativa um do outro, quando decidem tomar a
dianteira, o relacionamento flui e cresce. É assim que deveria ser a dança do
amor.
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