sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

AMOR DE CARNAVAL





Bonito mesmo é quando a Colombina encontra seu Pierrot. Ou seu Arlequim. Afinal, ela gostava de um, mas os dois gostavam dela. Pelo menos é o que diz o clássico da comedia dell’arte italiana. O emocionante do carnaval é quando vingam as histórias de amor depois da folia. Apesar de o mundo dizer o contrário nessa época do ano. Uma vez romântica, sempre romântica, fazer o quê?

Convenhamos. A ideia de que “ninguém é de ninguém” já começa um pouquinho antes dos dias de festa. O clima eufórico está presente nas semanas quentes de verão regadas a caipirinha e samba alto. É só sobre o hedonismo que escutamos quando os blocos saem e a cachaça, o suor e a serpentina tomam conta das ruas. É carnaval. Subtexto? “Amor sem compromisso.” Mas é preciso dizer que, entre o “vem ni mim que eu to facinho” e a ressaca dos confetes, há sempre um momento em que uma Colombina ou um Pierrot pensa: “Hum… daqui poderia nascer algo a mais”. Ou não? Existe espaço para um amor no carnaval? Ou relacionamentos duradouros só começam com as águas de março?

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