sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

ANÔNIMO



“Eu estava irritado demais com você pra atender a tua ligação. Mas cada vez que o meu celular tocava, a nossa música tocava ”Já é tarde vamos nos deitar, se quiser conversar na nossa cama, porque sei que tudo isso passa você me abraça e a gente se ama, eu não vou te trair com ninguém meu amor você tem minha palavra...Porque tudo que um homem precisa eu tenho em casa. “. E cada nota me acertava tal como se fossem socos bem dados na boca do estômago. Pensei em desligar. Mas não fui forte o suficiente. Pensando bem… Comecei achar que eu gosto de me fazer sofrer. Resolvi colocar no silencioso. E cada vez que eu ouvia ele vibrar era como se um sorriso brotasse em meu rosto. Foi quando me dei conta de que aquilo me fazia bem. Me dei conta de que te ver correndo atrás do prejuízo me deixava feliz. Eu e você sabemos que isso não acontecia com grande frequência. Nunca acontecia, pra falar a verdade. Quando ele finalmente parou e um silêncio tomou conta do ambiente. Eu o peguei. Haviam 7 chamadas não atendidas, 2 correios de voz ( que eu nunca saberia como ouvir) e 3 mensagens de textos. A primeira “Me atende, por favor”. A segunda “Não faz assim comigo. Precisamos conversar”. E a terceira, na verdade era tão grande, quase um texto que veio aos pedaços, dizia assim: “Eu dei o braço a torcer. Me humilhei até onde pude. Me desfiz da minha armadura de “sou forte”. Eu realmente quis consertar as coisas. Mas e você? Nunca errou? Me ensina a não errar também. Me doa um pouco dessa perfeição. Ah, antes do adeus, eu desejo que se cuide. Mas se cuide muito bem. E continue não errando. Porque um dia você pode encontrar alguém parecido contigo, um alguém que não saiba perdoar. Por, fim…adeus”. Eu não pensei duas vezes. Liguei, mandei mensagem. Fiz de um tudo e vi o jogo se virar contra mim. Reli aquela mensagem mais umas duas ou três vezes. Quando me dei conta que lágrimas escorriam pelo meu rosto foi que eu percebi que não tinha mais jeito.”

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